É triste, mas é verdade. Aos 91 anos, Paul Bocuse morreu na manhã desse sábado, em Collonges-au-Mont-d’Or, localidade próxima a Lyon, onde está o seu premiadíssimo restaurante, detentor de três Estrelas Michelin por mais de 50 anos. Ele era portador da doença de Parkinson.
Bocuse é considerado o maior cozinheiro do século XX. Ao lado dos irmãos Troisgros, criou a Nouvelle Cousine, movimento que revolucionou a cozinha francesa na década de 1970 e que moldou a gastronomia moderna, com ingredientes frescos, valorização do produto local.
O ministro do Interior da França, Gérard Collomb, se manifestou pelo twitter. “Monsieur Paul, era a França. Simplicidade e generosidade, excelência e arte de viver. O papa da gastronomia nos deixa. Que nossos líderes, em Lyon, como em todos os cantos do mundo, cultivem os frutos de sua paixão “, escreveu.
Bocuse começou cedo na cozinha. Aos 9 anos já havia aprendido a preparar rins de vitelo com o pai. Aos 20 anos, estreou no restaurante La Mère Brazier, fundado em 1921.
Em 1956, decidiu recuperar um empreendimento da família, o L’Auberge du Pont, e o rebatizou com seu próprio nome. Dois anos depois, recebeu a primeira estrela Michelin. A segunda veio em 1960. E em 1965, ele ganhou a honraria máxima para nunca mais perdê-la.
A partir daí, Bocuse transformou seu nome em um grande império, com restaurantes, cervejarias, um complexo gastronômico em Orlando (EUA), o Instituto de culinária em Écully, o Instituto Bocuse e o Bocuse D´Or, concurso de gastronomia que chegou ao Brasil em 2016 e cuja próxima etapa será realizada em março, em São Paulo, durante o Sirha. O chef também serviu de inspiração para o filme Ratatouille.
A gastronomia mundial está de luto. Que o seu legado inspire as gerações futuras!
Cozinheiros se manifestam pelas redes sociais:
Veja o site oficial de Paul Bocuse.
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