Fotos: Luciana Barbo
É fato: São Paulo está vivendo um boom de hamburguerias. Seja em locais fixos ou em foodtrucks, a meca da gastronomia nacional está se rendendo aos lanches. Pelo menos, foi essa a impressão que tive ao visitar a Pauliceia há alguns dias.
Dentre tantas opções, voltei ao Holy Burger, fruto da parceria do jornalista Gabriel Prieto com dois amigos, Filipe Fernandes e Marcus Vinícius Massarenti. Os três são envolvidos com projetos sociais e foi daí que surgiu a ideia para a hamburgueria. “Começamos a vender os lanches em feirinhas gastronômicas para arrecadar dinheiro para os projetos. Deu tão certo que decidimos abrir um ponto fixo, embora tivéssemos pensado em abrir um foodtruck”, conta Prieto, que já trabalhou na divulgação de restaurantes de gente como Alex Atala e Tsuyoshi Murakami.
Galinha fritadinha é opção de entradinha
Decididos sobre a loja fixa, chegou a hora de encontrar um ponto comercial. Não tardou para aparecer esse, na rua atrás da Faculdade Mackenzie. Há dois anos, a casa abriu as portas para o público, com uma decoração cheia de madeira, ferro e antiguidades, pensada pelo arquiteto Herbert Holdefer. Sou suspeita, mas preciso dizer que adorei… Tem aquela vibe industrial que eu gosto.
Batatinha fina servida com maionese caseira e verde
Antes de falar do menu, vale dizer que parte da renda (10%) é revertida para os projetos sociais que realizam atividades esportivas e artísticas com crianças e adolescentes do centro de São Paulo.
Como espaço é pequeno, o trio optou por um menu enxuto, para minimizar o estoque, e que já passou por algumas reformulações desde a primeira vez em que estive por lá. Atualmente há duas opções de entradas: fritas finas e crocantes em tamanho individual (R$ 5) ou grande (R$ 15) e suculentos empanados de frango artesanais, que podem vir com quatro (R$ 12 ) ou dez unidades (R$ 25).
Como principais somam-se seis combinações de hambúrgueres, compostos por 160g de um blend formulado com acém, peito e costela e que variam de R$ 27 a R$ 35. Se a gula for grande, o cliente pode pedir carne extra, por R$ 10 a mais, queijo, bacon e salada por R$ 3, e cheddar inglês, por R$ 5.
Smash: suculento e saciador de fome
Dos clássicos, destaco o Original (R$ 27), que foi copiado até no nome por um foodtruck/hamburgueria de Brasília. Também, o negócio é delícia: vem com burger, queijo cheddar, cebola caramelizada, bacon e maioneses caseira no pão preto.
Daí, destaco o Smash, que já vem com burger duplo, mais cheddar, picles caseiro, cebola roxa, ketchup de curry, servido no pão branco (R$ 27); e o Pony Line, com carne maturada por 50 dias, cheddar inglês e melaço de bacon dentro do pão de cebola (R$ 35).
Porn Brisket é uma tentação, realmente
Ainda há uma opção composta por pastrami de peito de boi cozido lentamente e defumado, picles e mostarda caseiros – e não à toa é chamada de Porn Brisket (R$ R$ 33); uma de frango com queijo, alface, tomate, maioneses de pimenta Sriracha e o Veggie (esse aí da foto ao lado), que leva um super falafel no lugar da carne, mais shimeji na manteiga, tomate e maionese verde. Todos eles são montados com pão branco.
Para apreciar os santos hambúrgueres, não poderia faltar uma bebidinha. A carta lista alguns refrigerantess, sucos de tomate e laranja, água e pink limonade. Uma pena os drinques Maria Sangrenta (suco de tomate, tequila e bacon) e Jack Limonade (Jack Daniel´s com limão e Schweppes Citrus) terem deixado o cardápio.
Pink Limonade é sempre uma boa ideia para refrescar o calorzão
Como uma casa de hambúrgueres, nem seria necessária uma lista de sobremesas. Mas eles se esmeraram e conseguiram receitas de suas famílias para o cardápio. São elas o pudim, que vem na lata de leite condensado e é desenformado em frente ao cliente, o cheesecake com frutas vermelhas e o melhor bolo de chocolate de todos os tempos. Quando lembro do gosto, minha boca enche de água. Chocólatras, vocês precisam ir conhecer, #soacho!
Se o burger é santo, esse bolo nem se fala…
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