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Para onde vai o resíduo que você não come?

Para onde vai o resíduo que você não come?

Já sabemos que os canudos de plástico são vilões e que podemos ajudar o meio ambiente abrindo mão desse resíduo durante as refeições. Uma alternativa é substituí-lo por versões reutilizáveis ou por itens que podem se decompor em menos tempo.

Nesse sentido, o Instituto Ecozinha está lançando uma campanha para conscientizar a população. Também visa melhorar ações que vem realizando desde o ano passado, quando foi criado com a liderança de Paulo Mello, um dos proprietários da rede Dona Lenha. A iniciativa, inédita no país, propõe a adoção do canudoca, um canudo feito de mandioca, milho e de outras fontes degradáveis, que vira adubo depois do uso. A novidade já está disponível em 63 bares, hotéis e restaurantes associados ao instituto.

Na campanha “Aqui seu canudo vira adubo” os estabelecimentos participantes pedem a doação de R$ 1 por unidade usada do objeto. A arrecadação será destinada à ampliação da compostagem de resíduos orgânicos já realizada pelo instituto.

Juntos e mais fortes

Criado em 2017, o Instituto Ecozinha surgiu a partir da necessidade de adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos e à Lei Distrital 5.610/2016. Esta determina que estabelecimentos geradores de mais de 120 litros de resíduos sólidos por dia devem arcar com os custos de separação, coleta e destinação dos mesmos.

A partir daí, um grupo de 16 casas se reuniu para minimizar os custos, a partir do desenvolvimento de práticas de gerenciamento de resíduos sólidos em conjunto.

Dessa maneira, surgiram as caixas coletoras, que armazenam os materiais já separados até que a coleta seletiva passe para buscar e levar aos locais indicados a cada produto. Você provavelmente já deve ter visto alguma delas em lugares como o Daniel Briand (104 Norte), Pinella (408 Norte), Dona Lenha (202 Sul) e outros estabelecimentos.

Desde a criação da iniciativa, mais de 300 toneladas de resíduos orgânicos já foram transformados em 100 toneladas de adubo orgânico de alta qualidade. Cerca de mil toneladas de vidro foram desviadas do aterro sanitário e enviadas a fábricas de reciclagem e centenas de toneladas de resíduos recicláveis foram destinados a cooperativas e associações de catadores.

Fora isso, também foi desenvolvida uma metodologia que está sendo disseminada em vários estabelecimentos de forma gratuita e a turma também implementou o primeiro pátio-escola de compostagem do Brasil, um projeto piloto de baixo custo e alto impacto positivo para a preservação do meio ambiente, que pode ser replicado em outros lugares.

Quando você vai a um a restaurante, se torna responsável pelo resíduo produzido. Então, não custa ajudar, certo?

Saiba mais em www.institutoecozinha.org.br.

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