Essa história é curiosa e vale ser contada. O paraense Pedro Mardock, supervisor de companhia aérea e acadêmico do curso de Engenharia Ambiental, não imaginava o que iria encontrar no quintal de sua casa, em Belém, quando decidiu fazer uma obra de reforço na edificação.
Enterrado junto com garrafas e um fogareiro estava um saca-rolhas que data do final do século XIX. A relíquia é inglesa e chama-se Eclipse. “Levei a peça para um arqueólogo conhecido e alguns antiquários. Também fiz pesquisas na internet. Na sequência, resolvi ligar para o Ibravin”, diz Mardock. Ele afirma que não tem ideia de como o objeto foi parar no terreno que pertence à sua família há muitas décadas.
O Instituto Brasileiro do Vinho passou o contato dele para o neurocirurgião Carlos Fasolo, de Bento Gonçalves, que comprou a antiguidade. O gaúcho tem mais de 1,4 mil saca-rolhas em sua coleção e diz que essa não foi a peça mais cara que comprou, mas com certeza é a mais valiosa. “Pela antiguidade da peça e pelo estado de conservação”, argumenta o colecionador, salientando o inusitado de o objeto ter sido encontrado no Pará, região pouco tradicional no consumo de vinho.
O antigo dono havia recebido propostas de mandar o saca-rolhas para o exterior, mas viu por bem deixá-lo no Brasil. Quem sabe agora não aparecem mais relíquias do mundo dos vinhos para fazer par com a raridade?
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