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Portugal, um paraíso para o amantes do vinho

Portugal é o país com o maior número de castas autóctones. São pelo menos 250 catalogadas em todo o país.

Dentre as castas que mais se destacam estão Touriga Nacional, Touriga Franca, Trincadeira, Aragonez, Baga, Castelão, Alvarinho, Arinto, Fernão Pires, Encruzado, Antão Vaz.

Essas uvas foram introduzidas no país Fenícios, Romanos, Celtas, Mouros, Germanos, Franceses e Espanhóis. O período de isolamento pelo qual o país passou, por conta da ditadura, preservou as uvas e as formas ancestrais de se fazer vinho.

O Alentejo ocupa uma área que equivale a um terço de Portugal. Apesar disso, apenas 5% da população vive nessas terras. A região se destaca não somente pela produção de vinhos, como também de cereais e porco. Os vinhos chegaram com os romanos, que faziam o produtos em ânforas

De 1933 e 1974 vigorou a ditadura em Portugal. E Antônio de Oliveira Salazar, que ocupou a chefia do governo durante 35 anos, enfraqueceu a cultura do vinho no Alentejo. O governante cortou os financiamentos para os produtores de vinho e passou a fomentar o cultivo de grãos. As videiras foram arrancadas e só restaram aquelas localizadas em solos pobres, nos quais outras culturas não poderiam se desenvolver.

Com a queda do regime, houve um retorno à produção vitivinícola. As uvas autóctones foram replantadas e houve a introdução de castas estrangeiras, como a syrah e a alicante bouschet, que se adaptaram muito bem à região. Alentejo voltou a ganhar força no final da década de 1980 e início da de 1990, com a entrada de Portugal na União Europeia e dos investimentos estrangeiros que começaram a chegar no país.

Hoje, o Alentejo possui mais de 22 mil hectares de vinhas e oferta 45% do vinho consumido em Portugal. Ali, a tradição e a modernidade caminham juntas. Há produtores que usam alta tecnologia e alguns outros continuam utilizando métodos ancestrais para fazer parte de seus vinhos. A ânfora de barro, introduzida pelos romanos, até hoje é usada em algumas vinícola, assim como o pisa a pé.

O Alentejo tem oito sub-regiões (Portalegre, Borba, Redondo, Vidigueira, Reguengos, Moura, Évora e Granja/Amareleja) e somente os vinhos produzidos nessas localidades e de acordo com as normas podem levar o selo de denominação de origem DOC Alentejo.

Os rótulos produzidos em outras 14 localidades ou fora os padrões exigido pela DOC recebem a classificação de vinho Regional Alentejano.

Dentre as uvas tintas, destacam-se Aragonez, Trincadeira, Castelão, Alfrocheiro e Alicante Bouschet, que dão origem a vinhos de cor rubi ou granada, aromas de frutas vermelhas maduras, taninos macios e bom corpo. Já na categoria das brancas, são mais presentes a Arinto, Antão Vaz, Roupeiro, Fernão Pires, que se mesclam para dar vida a brancos são jovens, frescos e equilibrados.

AS UVAS E SUAS CARACTERÍSTICAS
(Fonte: www.winesofportugal.info)

BRANCAS
Antão Vaz – É umas das variedades mais valorizadas do Alentejo, até pouco tempo era praticamente exclusiva na sub-região da Vidigueira, no sul alentejano. Dá origem a vinhos estruturados, firmes e encorpados, com notas de frutas tropicais maduras, casca de tangerina e sugestões minerais. Quando vindimada cedo, proporciona vinhos vibrantes no aroma, temperados por uma acidez firme. Se deixada na vinha, pode atingir um grau alcoólico elevado, tornando-a numa boa candidata ao estágio em madeira. É, regularmente, associada com as castas Roupeiro e Arinto, que lhe acrescentam uma acidez refrescante.

Arinto – É uma casta versátil, presente na maioria das regiões vitícolas portuguesas, sendo reconhecida pelo nome Pedernã na região dos Vinhos Verdes. Proporciona vinhos vibrantes e de acidez viva, refrescantes e com forte mineralidade e elevado potencial de guarda. A acidez firme é a característica que a coloca entre as melhores para blends que necessitam melhorar esse fator. Apresenta aromas de frutas brancas, como a maçã verde, e cítricas, como lima e limão. É frequentemente utilizada na produção de vinhos de lote e também de vinho espumante.

TINTAS
Alicante Bouschet – Teve origem do casamento da Petit Bouschet com a Grenache e encontrou no Alentejo uma terra fértil para se desenvolver. A variedade é chamada de tintureira, porque confere um caráter intenso de cor aos vinhos. Também é usada para dar estrutura e taninos. Na parte aromática, encontra-se frutos silvestres, cacau, azeitona e notas vegetais. Dizem que esta é a casta estrangeira mais portuguesa de Portugal.

Aragonez – Também chamada de Tinta Roriz , no Dão e no Douro. É uma casta precoce, muito vigorosa e produtiva, facilmente adaptável a diferentes climas e solos, tendo-se estendido rapidamente para as regiões do Dão, Tejo e Lisboa. Se o vigor for controlado, oferece vinhos que concertam elegância e robustez, fruta e especiarias. Prefere climas quentes e secos, temperados por solos arenosos ou argilo-calcários. É tendencialmente uma casta de lote, beneficiando recorrentemente da companhia das castas Touriga Nacional e Touriga Franca no Douro, bem como da Trincadeira e Alicante Bouschet no Alentejo.

Castelão – É uma das variedades mais cultivadas no sul do país, sendo particularmente popular nas denominações do Tejo, Lisboa, Península de Setúbal e Alentejo. É em Palmela, nas areias quentes do Poceirão, nas vinhas velhas da região, que a casta dá o melhor de si, desenvolvendo-se melhor em climas quentes e solos secos e arenosos. Em vinhas maduras, de baixa produtividade, devidamente controladas, o Castelão dá origem a vinhos estruturados, frutados, com particular incidência na groselha, ameixa em calda, frutos silvestres, apresentando ainda notas típicas de caça mortificada. Proporciona vinhos de taninos proeminentes e acidez intensa, revelando um lado rústico de que o Castelão raramente consegue descolar. Os melhores exemplares prometem excelente capacidade de envelhecimento.

Syrah – Essa uva se adaptou muito bem ao clima quente do Alentejo e se mostra em vinhos robustos no corpo, às vezes alcoólicos, com muita fruta temperada por pimenta e em alguns casos um mentolado particular. Em bora corpulentos, os vinhos geralmente podem ser bebidos jovens, assim como aguentam a guarda. Participa de cortes e também é elaborada na forma varietal.
Trincadeira – É popular no Alentejo e no Douro, onde é chamada de Tinta Amarela. Os vinhos são florais, mais vegetais quando a maturação é deficiente, ricos em cor e acidez, ligeiramente alcoólicos e com boas condições para envelhecer bem em garrafa. No Alentejo é frequentemente emparelhada com a casta Aragonez.

VINÍCOLAS E VINHOS ÍCONES DO ALENTEJO
Fundação Eugenio de Almeida – Pera Manca tinto e branco
Cortes de Cima – Incógnito
Esporão – Private Selection – Alicante Bouschet, aragonez e syrah
Paulo Laureano – Premuim Tinto – Trincadeira, Aragonês e Alicente Bouschet
João Portugal Ramos – Marquês de Borba Reserva – Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Trincadeira, Aragonez
Mouchão – Moucho 3-4 Alicante Bouschet
Antonio Saramago – Duvida 2008 – Aragonês, Trincadeira e Gran Noir

VINHOS DE BOM CUSTO-BENEFÍCIO
Terras de Xisto – R$ 25,90
E.A – R$ 34,90
Romeira – R$ 40
Chão das Rolas – R$ 42
Pequeno Pintor – R$ 45
Tapada do Fidalgo – R$ 60
Viña da Defesa – R$ 60
Monte dos Cabaços – R$ 70
Quinta do Portal Colheita – R$ 70
Monte do Pintor – R$ 72
Esporão Reserva – R$ 90
Paulo Laureano Reserva – R$ 90
Cartuxa Colheita – R$ 100

O Brasília Wine House me convidou para fazer uma palestra no evento. Pensei: por que não falar sobre a minha viagem a Portugal?

Confira os endereços por onde passei:

Hotéis e Restaurantes

Hotel Fénix Marquês Pombal
+ 351 213 716 677
www.hfhotels.com
Praça Marquês de Pombal, 8
1269 – 133 LISBOA

Hotel Rural Casa D. Antónia
+ 351 266 557 142
www.casadantonia-monsaraz.com
info@casadantonia-monsaraz.com
Rua Direita, 15
7200-175Monsaraz

Pousada de Arraiolos
+ 351 266 419 340
www.pousadas.pt
7044-909 Arraiolos

Pousada Estremoz
+351 268 332 075
www.pousadas.pt
Largo de D. Diniz
7100-509 Estremoz

Pousada Marvão
+351 245 993 201
www.pousadas.pt
Santa Maria de Marvão
7330-122 Marvão

Pousada Belmonte
+351 275 910 300
www.pousadas.pt
Serra da Esperança
6250-073 Belmonte
Produtores
Adega José de Sousa (JMF)
+351 266502729
www.jmf.pt
josedesousa@jmfonseca.pt
Rua de Mourão nº 1
7200 – 291 Reguengos de Monsaraz
38.4243, 7.529544

Herdade Grande
+ 351 284 441 712
+ 351 913 081 958 /
+ 351 916 603 166
www.herdadegrande.com
geral@herdadegrande.com
7960-909 Vidigueira
38.188210, 7.837490

Adega Ervideira
+ 351 266 950 010
www.wonderfulland.com/ervideira
ervideira@ervideira.pt
Herdadinha – Vendinha
7200 – 042 Reguengos de Monsaraz

Roquevale
geral@roquevale.pt
Herdade do Monte Branco
7170 – 909 Redondo

Monte do Pintor
+ 351 266 477 203
www.montedopintor.com
info@montedopintor.com
Igrejinha,
7040 – 202 ARRAIOLOS

Quinta do Carmo
+ 351 268 339 150
www.donamaria.pt
donamaria@donamaria.pt
7100 – 055 Estremoz

Fundação Abreu Callado
+ 351 242 430 000
www.abreucallado.pt
fundacao@abreucallado.pt
Travessa Abreu Callado,
7480-228 Benavila (Avis)

Herdade Monte da Cal
+ 351 245 635 026
www.daosul.com/pt/go/enoturismo-monte-da-cal-alentejo
montedacal.enoturismo@daosul.com
São Saturnino – Fronteira

Tapada do Chaves
+ 351 245 201 973
www.tapadadochaves.com
geral@tapadadochaves.com
Frangoneiro
7301-901 Portalegre

Adega Cooperativa da Covilhã
+ 351 275 330 750
www.adegacovilha.pt
info@adegacovilha.pt
Quinta das Poldras
6200-165 Covilhã

Quinta dos Termos
+ 351 275 471 070
www.facebook.com/quintadostermos/info
info@quintadostermos.pt
Carvalhal Formoso, Inguias,
6250-161 Belmonte

Quinta dos Currais
+ 351 275 941 620
www.quintadoscurrais.com
catarinamotatomas@gmail.com
6230-145 Capinha, Fundão

Pinhal da Torre
+ 351 243 559700
www.pinhaldatorre.com
geral@pinhaldatorre.com
QUINTA DE SÃO JOÃO
2090 ALPIARÇA

Quinta da Lagoalva de Cima
+ 351 243 559 070
www.lagoalva.pt
geral@lagoalva.pt
2090-222 Alpiarça

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