Comida e bebida

Dia Nacional do Café celebra início da colheita e crescimento nas vendas

Dia Nacional do Café celebra início da colheita e crescimento nas vendas

Desde 2005, o 24 de maio marca o Dia Nacional do Café. Definitivamente, a data não poderia faltar no calendário anual de comemorações por aqui. Afinal, a bebida é a segunda mais consumida no país, perdendo somente para a água. Instituída pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a data celebra o início da colheita dos grãos no Brasil, que segue até setembro.

Fotos: Luciana Barbo, no Café Martinica

Difícil é encontrar um brasileiro que não seja fã daquele cafezinho pela manhã ou enquanto bate um “dedinho de prosa” com alguém.

E isso é o que nos coloca em segundo lugar no consumo mundial. Em 2018, cada brasileiro consumiu, em média, 839 xícaras de café. Isso que representa uma dose da bebida a cada 10 horas. Em 2020, no entanto, este número deve subir consideravelmente.

De acordo com a ABIC, somente em março, as vendas internas cresceram 35%. A alta se deu por conta da quarentena e da procura do consumidor por grãos de melhor qualidade. O fato é que o café faz parte da nossa vida. Não há como resistir àquele cheirinho bom que sai da cozinha e vai tomando todos os cômodos da casa, sem pedir licença.

Pesquisa encomendada pela Jacobs Douwe Egberts (JDE), companhia com sede na Holanda e detentora de marcas como L’OR, Café do Ponto, Pilão, revela que o café está em 98% dos lares do Brasil. E apresenta crescimento no consumo ano após ano.

Diante da COVID-19, os dados revelam que mais da metade dos consumidores brasileiros estão comprando, em média, um volume 31% superior durante o isolamento social.

Primeiro do mundo

Os grãos brasileiros também invadiram o mundo sem a menor cerimônia. Há anos, o país se mantem em primeiro lugar no ranking dos produtores e exportadores mundiais. O fato deve se repetir em 2020, tendo em vista que a safra desse ano está estimada entre 57,1 milhões e 62 milhões de sacas de 60 kg.  Dessas, pelo menos 40,6 milhões devem ser exportadas.

Todo esse volume envolve 308 mil propriedades rurais em 16 Estados e 1.983 municípios. Cerca de 78% delas abrangem a agricultura familiar.  São pelo menos 1,885 milhão de hectares plantados e 8,4 milhões de postos de trabalho.

Minas Gerais segue no topo da lista de produtores nacionais com safra estimada entre 30,7 milhões a 32,1 milhões de sacas. São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia também têm destaque nesse mercado. 

Fornecidos pela carteira de alimentos e bebidas do Sebrae Nacional, os dados mostram a grandiosidade desse mercado. A qualificação da produção, especialmente para atender aos requisitos das certificações internacionais, é um dos motivos para a liderança do país nesse segmento.

Também é uma resposta às demandas do consumidor, que nos últimos anos vem mostrando mais interesse em conhecer melhor a bebida e elevar o nível de cada experiência. “O consumidor brasileiro tem percebido cada vez mais o valor dos cafés premium, devido à seleção de grãos, aromas e sabores sofisticados, e aumentado a busca por esses cafés especiais também para o consumo doméstico”, completa Tina Cação, gerente de marketing da JDE.

Colheita na quarentena

Em época de quarentena, a colheita no Brasil terá de se adaptar às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Pensando nisso, a gigante Nespresso criou várias iniciativas paras orientar produtores, trabalhadores e moradores rurais durante o período.

Foto: Selva Bizarria/Nespresso

Uma cartilha digital com recomendações de prevenção em cada etapa do processo apresenta os cuidados que devem ser tomados. Os conselhos vão desde o transporte de trabalhadores, a chegada à fazenda, a colheita e o convívio em áreas de comuns. Orientações no caso de possíveis sintomas da doença também são pontuados no material de suporte.

As medidas serão reforçadas por mensagens via WhatsApp, SMS, e-mail marketing e spots em rádios. “Queremos levar a informação ao maior número possível de pessoas para prevenir a propagação da COVID-19. A nossa prioridade é garantir segurança a todos os envolvidos na cadeia do café. Por isso, estamos investindo em variados tipos de comunicação, especialmente, no período da colheita, quando existe mais chance de contágio”, reforça Guilherme Amado, Gerente de Café Verde da Nespresso Brasil.

A iniciativa faz parte do Programa Nespresso AAA (triple A) de Qualidade Sustentável™, lançado em 2003 em colaboração com a ONG Rainforest Alliance e o Imaflora. Esta iniciativa fornece aos produtores conhecimentos e técnicas para apoiá-lo na produção de um café de alta qualidade. Os pilares são práticas sustentáveis e que também contribuam com a qualidade de vida dos envolvidos na produção e beneficiamento.