O brasileiro consumiu um volume menor de bebidas produzidas com uva no ano passado. Em relação à 2015, o setor recuou 18%. Dentre os produtos, o que teve menor queda (2,8%) foi o vinho fino, que conseguiu manter as vendas em torno dos 19 milhões de litros.
De acordo com o diretor do Instituto Brasileiro do Vinho, Carlos Paviani, o setor já esperava por uma retração nas vendas, tendo em vista que a produção de uva caiu 57% no período, mas ele não descarta a responsabilidade do momento econômico que o país atravessa. “Esse recuo foi agravado pela crise econômica, aumento dos impostos, do desemprego e da queda no poder aquisitivo das pessoas”, analisa.
Em contrapartida, o desempenho no mercado externo deu um salto de 45%. As exportações para os Estados Unidos, Europa e Ásia cresceram especialmente pela promoção que vem sendo feita pelo projeto Wines of Brasil, capitaneado pelo Ibravin e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O volume de vendas para esses e outros países fechou em US$ 5,9 milhões.
Já a safra de 2017 vai bem, de acordo com o presidente da instituição, Dirceu Scottá. Mesmo assim, o ano pede cautela e muita conversa com o poder público. “A perspectiva econômica para esse ano não é tão favorável, por isso insistiremos nos pedidos de redução da carga tributária, que nos tira a competitividade e pesa significativamente na composição de custos, e nos incentivos para melhoria de produção”, complementa. E a promoção externa também deve ser mantida, tendo em vista o bom resultado.
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