Comida e bebida

Conheça o Bilisco, bar do chef Diego Badra, na 413 Norte

Conheça o Bilisco, bar do chef Diego Badra, na 413 Norte

Enganou-se quem pensou que o chef Diego Badra ia ficar fora da cena gastronômica depois do fechamento do Conca. Enquanto procura outro ponto para instalar a sua cozinha autoral de excelência, ele acaba de abrir o Bilisco.

Os Diegos que comandam a casa e a cozinha

O boteco, muito do simpático e despojado, entrega comida saborosa e com um toque de Cerrado num ambiente agradável, de frente para o Parque Olhos d´Água. A ideia é ser aliado de quem busca petiscos típicos de bar e também daquele que preferem forrar o estômago antes ou durante a sessão de cerveja gelada com os amigos.

Estive por lá duas vezes já. Na primeira, para um almoço rápido com a turma do trabalho. Na segunda, há cerca de 10 dias, levei comigo o fotógrafo Lincoln Iff, que assina as imagens que você vê aqui.

Croquete de milho
Os petiscos do Bilisco

A vocação do Bilisco é atender de forma simples e descontraída. O menu é enxuto e tem bossa. Sem invencionices, mas não sem graça. Para começar, pedi os croquetes, cujas porções saem a R$ 28.

O de cupim com quiabo entrega um recheio cremoso, temperado com a masala do Cerrado, um mix de especiarias desenvolvido por Diego, cujo sabor é bem característico e especial. As seis bolinhas são acompanhadas por maionese de alho assado, o que traz ainda mais nuances de sabor ao petisco.

Achei o croquete de milho uma ótima ideia. O recheio guarda grãos do cereal, cujo sabor é complementado por uma maionese de pimenta de cheiro, com acidez que faz a diferença.

Todo bar que se preze, tem pastel. A porção no Bilisco vem com três unidades de queijo e outras três de suã de porco, guarnecidas com um vinagrete picante e com compota de goiabada. Nota 10 de 10, por R$ 28.

Todo bar precisa ter pastel, e esses aqui são deliciosos

Ainda quero provar a manjubinha frita com molho tártaro de maxixe, a barriga de porco ao molho de tucupi, a coxinha com maionese de coentro, a seleção de conservas e a asinha de frango apimentada.

Para banhar o pão

Atire a primeira pedra quem nunca se deliciou ao molhar um naco de pão num molho. Pois é para isso que Diego criou a Pelota de carne (R$ 36) e o Chuchu (R$ 32), ambos ao molho branco gratinado com queijos brasileiros e acompanhado por uma cestinha de pão. É para dividir e ser feliz antes de pedir os principais.

Comida brasileira na veia

Passando aos PFs, tem para diversos gostos e eu já provei quase todos. O strogonoff tem filé ao molho de tomate defumado, creme de leite fresco e cogumelos salteados, e vem com fritas (R$ 56). Já o bife à milanesa pode vir com o mesmo acompanhamento ou com maionese de batata da casa (R$ 54).

Pelotas como macarrão, molho de tomate, queijo e ovo: memória de casa

A pelota com molho de tomate é acompanhada por macarrão, ovo frito e queijo minas (R$ 46). Para quem prefere um bife à rolê, como eu, vai devorá-lo com purê de batata (R$ 48).

E esse pfzão de carne de lata?

Todos esse são bem servidos, mas não tanto quanto a carne de lata preparada no fogão de lenha e escoltada por arroz, feijão, couve refogada, ovo frito e farofa de cebola e alho (R$ 56).

A coxa e a sobrecoxa de frango também compõe um PFzão com vinagrete da casa, angu de milho verde cremoso, quiabo empanado e farofa de cúrcuma com pimenta de cheiro (R$ 44). Hum, deu água na boca aqui.

Esse franguinho com angu de milho verde e o quiabo empanado tem muito valor, viu?

Quem não come proteína animal, o menu guarda uma abóbora assada com creme defumado de castanha de caju, picles de cebola roxa e xerém de castanha do Pará (R$ 42).

Para adoçar

Eu ainda vou provar as sobremesas. É que nas vezes que fui, acabei comendo muito e não sobrou espacinho para o doce. Mas, a título de conhecimento, há duas opções. A primeira é o grudinho (R$ 16), que não é pudim nem arroz doce e muito menos cocada. Também não é bolinho, mas é um misto de tudo isso.

Já a cuca, um bolo típico do Sul do Brasil, ganhou o cupuaçu do Norte e uma ganache de chocolate (R$ 16). Deve ser interessante, devido a essa combinação cítrica e amanteigada da qual sou fã desde criancinha.

Esse trio é imbatível
E, para beber, tem o que?

Por mais que a cerveja gelada seja a companhia mais lógica, eu indico que você prove alguns dos drinques operados por lá. Logo na chega, já peça uma batidinha de coco que traz consigo pedaços de cupuaçu desidratado (R$ 18). Já viciei!

Também gostei do Amaretto Sour, com limão siciliano, xarope, clara de ovo e amarena (R$ 32) , embora tenha achado o Trimilique, com cachaça de jambu, água de mel, salmoura brasileira e club soda (R$ 34), mais surpreendente. A carta de coquetéis ainda guarda outras receitas, que contarei quando for novamente.

O Bilisco tá provado e aprovado. Pode ir! Depois me conta o que achou!

Confira:
Bilisco, bar de Belisco
413 Norte, Bloco D
Funciona de terça a sábado, das 12h à meia-noite, e domingos, das 12h às 17h.
Instagram: @biliscobardebelisco

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